Comunicação pública
contribui para o fortalecimento da democracia, diz ministra
A troca de
experiências entre os diferentes modelos de comunicação pública na América
Latina favorece a integração dos países e fortalece a democracia. A avaliação é
da ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da
República, Helena Chagas.
“Em face da nova
realidade regional de inclusão e sustentabilidade por que passam nossos países,
espero que os meios de comunicação pública na América Latina sejam um
instrumento de emancipação e democracia para os nossos povos”, disse a
ministra.
Helena Chagas
participou ontem (29) da abertura do 4º Fórum Internacional de Mídias Públicas,
que ocorre no Espaço Cultural da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
O evento reúne especialistas de países da América Latina que estão debatendo os
desafios para construir uma comunicação plural e democrática com o foco no
cidadão.
Para a ministra, a
comunicação pública cumpre papel importante ao “contribuir com informação
correta, plural e democrática para que o cidadão possa refletir sobre o mundo
que o cerca e assim exercer a cidadania”. Helena Chagas disse que o cenário de
convergência tecnológica pode contribuir para que as pessoas participem de
forma ativa da vida do país, propiciando “canais de interatividade para
estimular a cidadania inclusiva, participativa e digital”, completou.
Na avaliação do
diretor-presidente da EBC, Nelson Breve, um diferencial dos meios
públicos é o fato de dar espaço “às minorias, aos que não têm voz”. Para Breve,
as mídias públicas complementam os meios de comunicação privados, mais focados
no lucro, e os estatais, voltados para transmissão das ações do governo.
“Entre o meio
estatal, que estabelece comunicação entre governo e seus potenciais eleitores,
e os meios privados, que estabelecem relação com os consumidores para vender
seus produtos, que é de onde recebem seu financiamento, temos os meios
públicos, que dialogam com o cidadão”, disse.
Para Breve, o fato de
existir a possibilidade de um controle externo exercido pela sociedade faz com
que as mídias públicas busquem um equilíbrio no trato da informação. “Estamos
voltados para garantir o acesso dos que não têm possibilidade de exercer seu
direito à informação, para garantir um exercício melhor da cidadania, e para
isso temos mecanismos de controle da sociedade. O nosso Conselho Curador faz a
vigilância da sociedade”, completou.
O 4º Fórum Internacional de Mídias
Públicas está sendo transmitido pelo Portal EBC. O
evento prossegue até hoje (30), em Brasília, na sede da EBC, com uma
programação de debates que abordam os modelos de financiamento da televisão
pública e a participação cidadã na gestão da mídia pública, entre outros
assuntos.
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