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domingo, 20 de outubro de 2013

Suco comprado pelo governo federal fica em armazém impróprio








O local está com atividades operacionais "paralisadas" e apresenta condições "desfavoráveis de conservação", segundo relatório interno da própria Conab, de 15 de outubro, assinado pelo diretor de operações, Marcelo Melo, e encaminhado à superintendência do órgão no Paraná e à corregedoria.
No relatório, Melo determina a remoção imediata de 117 mil litros de suco de uva para uma unidade "adequada tecnicamente" e a abertura de procedimento para apuração de responsabilidade "visto a inobservância das boas práticas de conservação".
"Esta operação de armazenagem está em condições desfavoráveis à boa guarda do produto, visto que o ambiente em que o mesmo está depositado não é apropriado para tal fim", diz o diretor.
Melo não detalha as condições desfavoráveis, mas aponta que o local está com "atividades paralisadas".
Theo Marques/Folhapress
Caminhão estacionado em armazém desativado da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em Curitiba
Caminhão estacionado em armazém desativado da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em Curitiba
A superintendência da Conab em Curitiba é o principal foco da investigação da Polícia Federal, que conseguiu na Justiça o afastamento de toda a cúpula do órgão no Paraná durante a Operação Agro-Fantasma.
A operação foi deflagrada pela PF no final de setembro depois de terem sido identificadas fraudes no Programa de Aquisição de Alimentos.
A aquisição do suco de uva é parte desse programa que prevê a compra de produtos da agricultura familiar pela Conab e a distribuição a entidades assistenciais indicadas pelo Ministério do Desenvolvimento Social.
Em 2012, a Conab acertou a compra de 5,5 milhões de litros de sucos engarrafados com cinco cooperativas gaúchas por R$ 2,90 o litro. O governo federal aplicou cerca de R$ 16 milhões nessa operação. Metade do suco adquirido já foi entregue e distribuído no Paraná, além de Santa Catarina e São Paulo.
No Paraná, os sucos estão armazenados em quatro cidades. Na capital, o armazém está com as câmaras refrigeradas desligadas desde dezembro de 2012 e não registra movimentações de mercadorias de terceiros há dez meses. Um edital de venda do imóvel chegou a ser lançado este ano, mas foi suspenso.
Ainda assim, o suco de uva está lá desde junho e a previsão do órgão é manter garrafas no local até dezembro.

Fonte; FOLHA DE SÃO PAULO 

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