Governador ressaltou que ausência de concorrência levou ao preço mínimo (Foto: Raul Buarque/SEI)

Com um discurso que se aproxima cada vez mais da oposição, o governador de Pernambuco e presidenciável pelo PSB, Eduardo Campos, não poupou críticas ao modelo adotado pelo Governo Dilma Rousseff (PT) para o leilão do Campo de Libra, na última segunda-feira (21). O socialista afirmou que o mecanismo precisa ser aperfeiçoado para para evitar que o pré-sal seja vendido a preços “aviltados”. Fruto da falta de concorrência.
“Sem disputa, as empresas vão sempre oferecer o preço mínimo, o que não é bom para o Brasil. O petróleo do pré-sal não pode ser vendido a preços aviltados pela falta de concorrência”, criticou Eduardo Campos, ressaltando que o Campo de Libra foi leiloado pelo preço mínimo. “Com pouco debate junto à sociedade”, emendou.
O governador Eduardo Campos ainda bateu no discurso do governo de que os recursos oriundos da extração de petróleo da camada pré-sal serão destinados, apenas a longo prazo, as áreas da saúde e da educação.
“O governo diz que no longo prazo esse dinheiro vai ajudar muito na saúde e na educação. Mas a saúde e a educação precisam de medidas imediatas. Não podemos sacrificar os jovens de hoje, à espera de que o dinheiro do petróleo vá resolver a vida dos jovens do futuro”, afirmou.
Conforme o ministro da Fazenda, Guido Mantega, serão investidos cerca de US$ 180 bilhões nos próximos 35 anos para a exploração do Campo de Libra. Mas, nos primeiros dez anos, é que serão feitos os maiores investimentos, com a necessidade de compra, por exemplo, de 12 a 15 plataformas (cada uma custa aproximadamente US$ 1 bilhão).
O consórcio composto pelas multinacionais Shell e Total e que conta com a Petrobras como sócia majoritária levaram o leilão, que não contou com outras concorrentes. As empresas chinesas CNOOC e CNPC, que estão de olho na tecnologia brasileira. A União receberá 15 bilhões.

Fonte: folha PE.